sábado, 26 de setembro de 2009

Estatísticas das eleições

Os resultados das estatísticas de voto nunca são uma surpresa. Estou sempre com a esperança que sim, mas ainda não chegou o dia. Acho extraordinário como nos últimos quatro anos o senhor primeiro-ministro foi uma espécie de Mal personificado, criticado, insultado e vaiado por todos, mas quando chega a altura das eleições as pessoas decidem sempre pelo mesmo. Não sei qual a função dos debates ou das propostas eleitorais, porque as pessoas não se preocupam em ouvir e decidirem optar por os candidatos ou partidos que apresentem melhores soluções. Votam por princípio, independentemente de quem está à frente do partido ou das suas acções passadas. É caso para se dizer que de facto os portugueses têm a memória curta. De que serve o voto livre e a tão aclamada democracia se o povo decide menosprezar por completo o livre arbítrio, pensado e premeditado para optar praticar uma espécie de voto viciado que nada tem a ver com uma decisão consciente e determinada? O voto perdeu a sua liberdade e a culpa nem sequer é do Poder. É do povo e da sua comodidade. Todas as pessoas que lutaram para que em Portugal se pudesse votar livremente vêm agora o seu suor, sangue e lágrimas caírem na insignificância por culpa daqueles que quiseram servir. Mais uma vez vale a pena esclarecer: a culpa não é do Poder, mas sim do povo. Por isso sugiro que aproveitamos a liberdade que nos foi concedida para que o acto eleitoral seja um acto responsável e não um mero descargo de consciência.

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